Mangueira comemora 91 anos e ganha uma nova diretoria

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A Estação Primeira de Mangueira comemorou seus 91 anos de fundação na manhã deste domingo, dia 28, com a presença de torcedores e associados na Assembléia que aconteceu no Palácio do Samba, a quadra da agremiação para a eleição do seu novo presidente.

A única chapa inscrita foi a de Elias Riche, de 67 anos. O ex-diretor financeiro e grande benemérito da escola foi aclamado como o novo presidente da Verde e Rosa durante 3 anos(2019 a 2022). Guanayra Firmino, ex-vice-presidente das alas de comunidade da agremiação e benemérita, é a nova vice-presidente.

Atuante na Mangueira há 50 anos, Riche assume o posto do deputado estadual (PSC-RJ) Chiquinho da Mangueira, que foi preso em novembro de 2018, na Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato no Rio, que investiga a participação de deputados estaduais do em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão-de-obra terceirizada em órgãos do governo do estado. Chiquinho está em prisão domiciliar desde janeiro deste ano.

“Quando o Chiquinho pegou a escola, a dívida era em torno de R$ 15 milhões. Hoje ele larga uma dívida das gestões anteriores de R$ 1,9 milhão e mais a da gestão dele, de R$ 3 milhões. São cerca de R$ 5 milhões”, revelou Riche.

Apesar do alto valor, ele acredita que é possível melhorar a situação dos cofres da agremiação. “Não posso garantir que consiga acabar (com a dívida) até o final da gestão, mas acho que consegue se fazer um trabalho bom desde que você trabalhe seriamente”, defendeu ele.

Equipe campeã do Carnaval 2019 permanece na escola

Após a tradicional alvorada, com direito a queima de fogos em comemoração ao aniversário de fundação, a assembléia de sócios deu início a cerimônia de empossamento da nova direção, que tratou logo de anunciar a renovação de toda a equipe que venceu o Carnaval 2019 – História Pra Ninar Gente Grande – e sonha com o bicampeonato, feito este que a escola alcançou pela última vez em 1987.

O carnavalesco Leandro Vieira, que foi procurado por outras agremiações durante o período eleitoral, comentou sobre a sua permanência na escola e afirmou que não tinha pensado em sair da Mangueira.

“Eu sempre resolvo esperar a Mangueira. Sou do tipo de carnavalesco que ainda acredita que o tempo te revela enquanto artista. Aprendi a ser carnavalesco por causa da Rosa(Magalhães) e do Renato(Lage). Duas estrelas que se consolidaram porque permaneceram muito tempo treinandos as suas assinaturas numa escola. E eu quero treinar a minha assinatura na Mangueira”, contou.

Em relação a enredo, Leandro não deu prazo para divulgação e segundo ele, ainda será preciso conversar com a nova diretoria:

“A Mangueira, como todo ano, passa por aquela fase de proposta de enredos patrocinados, conversa com carnavalesco, então ainda não tem enredo.

Sobre a possibilidade de um enredo patrocinado, Riche não descartou a possibilidade, apesar de ter preferência por desfiles autorais, mas aguarda propostas: “É uma coisa a estudar. Se tiver um enredo patrocinado para nós, hoje é muito bom. Porque a escola vem sofrendo há muito tempo com esses enredos autorais que viemos colocando e não recebe nada. Se tiver um enredo bom, patrocinado, por que não?”

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